Há focos tão
maldosamente certeiros que nos tornam cegos. No texto anterior tratei a
respeito do perigo da falta de objetividade, mas agora quero falar de algo que
julgo muito mais perigoso: os “coaching`s da vida”.
Alguns, assim como seus
“facilitadores” já estão vesgos de tanto focar e buscar o foco do foco. Ficaram
apertados, espremidos nesta selva angustiada de seres competitivos. Sua
expansão vive espremida e a liberdade nunca ficou tão apertada. O fato de tomar
e delimitar o espaço, aperta e controla, mas ainda vicia. É o desespero deste
excesso de objetividade que mata a criatividade. Não há espaço para além do que
foi definido, e se quero sair por um momento e até mesmo me alimentar noutros
lugares, isto é proibido. Tenho neste foco que permanecer preso pra sempre, até
exaurir todas as possibilidades do que me foi exigido, sendo que tudo isto muitas vezes tornou-me desnecessária.
Tem gente que é vesga
de coaching, mas ainda assim mal encontra o seu nariz. Estas são as que mais me
detestam, já tive algumas assim, e quando viram minha liberdade, em desespero
queriam abarcá-me, mas como abraçar a extensão de liberdade? Antes abraço, mas
era laço.
Graças a Deus pude me afastar para que meus espaços voltassem a ser
livres. Claro que preciso de definições, mas elas, assim como eu, somos e
precisamos ser evolutivas, de maneira que esta fluidez me transforme sempre em algo melhor, mesmo que os objetivos pareçam ter mudança.
Esta é a dança vida, da
criatividade, em que o controle está a favor da evolução, não o contrário. Quero
aprender a ser livre e objetiva, mas necessariamente aberta para voar nos
espaços que devo estar e caminhar, para quem sabe, como uma dançarina da vida poder definir-me: objetivamente livre!
"Os coaching`s vesgos
estão tão focados no foco do foco
que nesta aparente objetividade
grudam invejas nas asas de quem exala
a objetividade criativa.
Os livres os insultam
ao negarem esta competição
e ainda serem capazes de dançar
numa liberdade objetiva..."