Tem
sempre aquela comida que é preparada rápida, temos pressa e ela vem também
ofegante. Os temperos são parecidos, mas viciam. O vício é necessário não
só para o preguiçoso, mas pra quem vive correndo.
Engraçado
porque a imagem a principio parece antagônica: enquanto um é lento, o outro ágil,
embora ambos partam do mesmo princípio. Mesmo tendo falta ou aparente excesso
de objetividade, tanto o preguiçoso quanto o apressado fazem as coisas mal
feitas.
Temos
preguiça em fazer um prato com diversidade de sabores, em criar uma horta e
selecionar quais temperos plantar e escolher. É assim também que ocorre no desenrolar
da vida, este novelo tecido em prato de palavras. Novelo mal feito, embolado e
cheio de nós, de nós mesmos. Armadilhas e confusões que nós mesmos criamos.
Mas
ainda assim preferimos pegar algo pronto, que vem com brinde dos “MEC felizes”,
um “joinha” às comidas que encontramos na vida, elas nos olham e acenam afirmativamente. Nossa mediocridade já parece satisfatória.Curtimos
esta vida apressada e ao mesmo tempo preguiçosa, caminhamos mal e lentamente
diante daquilo que realmente tem valor.
Curtimos e descurtimos as coisas, a vida e as pessoas como quem passeia no shopping e pede um prato pronto, rápido, em série e sem sabor; cheio de ansiedade, angústia e fome. Pratos esfomeados, para quem sabe um dia no desespero deste acúmulo de lixo, a gula e o exagero nos saciem.
Curtimos e descurtimos as coisas, a vida e as pessoas como quem passeia no shopping e pede um prato pronto, rápido, em série e sem sabor; cheio de ansiedade, angústia e fome. Pratos esfomeados, para quem sabe um dia no desespero deste acúmulo de lixo, a gula e o exagero nos saciem.
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