Quando eu desenho a cruz, vejo a imagem do ser humano.
O seu traço vertical, quando está para o alto, expressa o quanto eu desejo ser grande,
mas quando este traço vertical caminha para baixo, revela o quanto sou pequeno.
Então em humildade volto a olhar pra esta verticalidade, e olhando para o alto,
desejo alcançar a Tua presença,
mas para me aproximar da Tua altura,
preciso mergulhar às tuas raízes, com os joelhos no chão.
Então desenvolvo raízes na oração
e alcanço o alto da Tua cruz.
O seu traço horizontal, quando está para a direita,
expressa o quanto desejo me relacionar com os outros,
mas também revela o quanto sou egoísta em meus relacionamentos
e quanto o ser humano me dá motivos para ser odiado.
Mas a esquerda deste traço horizontal está Cristo,
dando-me as mãos, mostrando o quanto ele se entregou por mim
e o quanto ele me amou, mesmo quando dei motivos para ser odiado.
E é assim que eu aprendo, de mãos dadas com Cristo,
o quando posso dar a minha vida pelo ser humano
e lhes dar motivos para serem amados.
e lhes dar motivos para serem amados.
Mas há nesta cruz um traço perpendicular,
que penetra a minha alma e me alcança.
Que me tangencia nos pontos que mais quero esconder,
mas se nestes desencontros eu me entrego a esta cruz
eu me encontro Nela e me reencontro comigo!
Mesmo que eu aceite ou repudie,
o traço que há nesta cruz tangencia meus maiores defeitos, angústias e carências,
e é somente na cruz que eu posso resolver todas estas crises.
É melhor se render ao toque desta cruz, mesmo que doa,
que tentar se esconder dela.
Mas como se esconder ao toque perpendicular da cruz?
É melhor olhar para o alto? Mas lá no alto há a cruz....
É melhor olhar para baixo? Mas lá no fundo há a cruz...
É melhor olhar para os lados? Mas lá ainda estará a cruz...
A cruz vai estar em todos os lados,
não há lugar que eu possa me esconder dela.
É melhor deixar ser encontrado pela cruz
e assim, encontrar-se a si mesmo!
e assim, encontrar-se a si mesmo!
Texto- Juliana Bumbeer