Que o sangue de cristo escondido em minhas mãos
manche a minha alma a ponto de perceber o quanto sou
assassina,
Que os gritos desesperados das crianças violentadas
ecoem
dentro do silencio das minhas orações egoístas,
Que o ritmo entediante das máquinas que os cristãos costuram
as roupas que compramos
rasguem e desnudem as melodias de meus louvores narcisistas,
Que a fome de afeto das prostitutas me dê ânsia de vomito
por minhas fomes tão superficiais
e que as julgam como seres autônomos por
escolherem esta vida,
Que a prisão dos doentes de alma, corpo e espírito
aprisionem todas minhas prioridades
que me deixam livres pra sempre escolher a
mim mesma,
Que o meu evangelho pobre e raso me envergonhe diante da
cruz
e quebrantada grite e tome vergonha na cara
para que a dignidade de
cristo me torne digna de ser chamada cristã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário