Conheça os projetos da "Palavra Desenhada"

Letrívoras

Projeto da Palavra Desenhada- produção e processos em escrita literária.
Resenhas, prosas, poesias e devocionais.
Acompanhem! (desde janeiro.2015 até agora)
Toda honra e glória a Deus. Venha o Teu Reino, volta logo, Jesus!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Boca do silêncio de Madona

A TRISTE MADONA SILENCIA EM TRAÇOS PAUTADOS
NOTAS DE UM CADERNO QUE ESQUECEU
SANGRA TOSCAMENTE EM CANETA BIC
AMANHECE OU ANOITECE NA SOMBRA DE SEUS LÁBIOS
MONÓTONOS DE FOME 





terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O ventre do coração

Foi até hoje a foto mais linda que vi entre uma mãe e um filho. Estava nestas redes sociais e as imagens iam passando. Fofocas e apresentação da vida alheia.

Dentre estas passadas de imagens de facebook, vi uma que me encantou. Era o olhar encontrado de uma mãe e seu filho. Naturalmente, já havia visto várias fotos de mães e filhos, mas o olhar destes dois me constrangeu.  Eles há muito tempo já tinham sonhado um com o outro.

Este filho já nasceu no coração da mãe antes mesmo dele nascer, ele a esperava  desde seu nascimento. Creio que ficaria a espera dela por muitos anos. Infelizmente muitos esperam por suas mães a vida inteira, mas esta criança a encontrou nos primeiros meses de vida.

Os dois chorando, olhares tão verdadeiros que nenhuma "selfie" bem resolvida consegue fazer. Era uma imagem genuína. A criança ao olhar para sua mãe sorriu escancaradamente, ele havia recebido o dom de adotá-la e ela, a dádiva de ser mãe.  Os dois reluziam nos olhares um com o outro de encontro e alegria.

Ouço sobre o “perigo” da adoção, na desculpa que a criança pode se tornar alguém com uma índole que não podemos “controlar”. Todos nós já nascemos perigosos, nossa mente e emoções são tão frágeis que somente a graça de Deus para nos sustentar diante das próprias fragilidades.

Eu também quero ter um dia o olhar desta mãe e receber um filho que já intercedo por ele. Que esta criança me adote, assim como no encontro desta mãe com o filho. Até hoje, a foto mais linda e representativa da maternidade que vi.

Esta dádiva de ser mãe com o ventre no coração é de uma nobreza que vai além do ventre materno. É o dom da criação de um filho que te espera e que te entrega a graça de te chamar de mãe. Que ventre lindo é este o do coração, quando mães são capazes de gestar o sentimento de receber um filho que alguns chamam de “adotado”.

Independente do nascimento, se pelo ventre, ou pelo coração, a verdadeira gestação entre uma mãe para um filho sempre vai começar pelo coração. Somente assim temos o dom da maternidade e uma mãe se cria neste sentimento. Nasce a mãe, então, vem o filho. Que eu tenha também a capacidade de desenvolver este ventre. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Processo de criação literária

Aqui vou falar um pouco do processo da criação literária. Muitos me perguntam como é escrever um livro, ou como isto acontece. Creio que para cada autor, o processo é diferente, mas vale também dizer que em algumas circunstancias, o "formato" pode seguir certos padrões. 

Vou falar do livro que será publicado neste ano:

1. Quanto tempo de produção? 
R; De cinco a sete anos. O "tempo", por assim dizer, foi maturado de acordo com a maturidade da escrita. Certas idéias do texto foram sendo melhor elaboradas ao logo destes sete (sete!) anos. 


2. Como os textos são organizados?
R: A partir da ideia central, vou desenvolvendo os sub temas. Penso na história como uma espinha dorsal, esta estrutura precisa ser bem compreendida pra que suas "vértebras" possam ser constituídas posteriormente. 

3. E quanto a grande quantidade de idéias?
R: Quando escrevo, (ou desenho, ou componho) aparecem muitas ideias. São personagens, figuras de imagens, textos visuais, etc. Ainda não consigo organizar todos, mas crio pastas com sub títulos, como se fossem "adendos" para este, ou próximo texto literário. 

4. Quando termina o processo de escrita?
R: Não pode terminar, e se paro é por preguiça ou porque estou entretida em outra produção artística. O ato de escrever é como qualquer outra ação, que amadurece quando vira hábito. Não é fácil, mas o que vale é não desistir, ir além das emoções. Não rasgar as ideias ou os papéis no momento de desanimo. Sobrevivem não apenas os mais talentosos, mas os mais persistentes também!