Tenho perdido as palavras, embora agradeça a Deus por ser hoje uma pessoa mais tecnológica. Mas o fato é que tenho perdido as palavras e esta verdade me dói a cada dia, hoje poderia ter sido uma leitora mais constante, uma gulosa de palavras, frases inteiras me esperam para comê-las, mas parece que vivi em pequenos espaços da vida na dieta das palavras. Há aqueles que vão me entender muito bem, que fazem dietas das quais vão e vêm.
Fiz destas dietas com relação aos
livros, em que me privei das leituras, em que o alimento das palavras foi tão
escasso que quase insuportável, em detrimento não só da superficialidade da vida, mas
dos afazeres até certo ponto “intelectuais”, mas que me privaram de tantas
leituras. Estar com fome de palavras por um tempo maior nos encurta nossa fome,
como se assim nos acostumássemos. Gostaria de voltar a ser aquela gulosa do
passado, porém, agora mais madura e constante. Mas neste espaço vem a
tecnologia que novamente quer nos consumir palavras, são os que eu chamo de
“comedores de luz”, comem a luz própria dos escritores e leitores que
entretidos com este mundo virtual, perdem de mostrar ao mundo livros inteiros.
Socorro! Livrai-me de ser consumida por esta luz falsa, negativa e anulante.
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