Os "nadas" pesam, insuportavelmente no clamor de uma alma carregada de vazios. Que sejamos capazes de nos lavar dos nadas, por meio da plenitude leve e descarregada, capaz de absolver nós mesmos. Eu peso um vazio insuportável e quantas vazes não me suporto. Nadas são tão grandes que tomam espaço até mesmo das aparentes presenças. Mas quem nunca esteve ocupado com seus vazios? Quem nunca esteve cheio de si, que encontre na paisagem da alma uma pedra capaz de acertar as minhas e tuas ausências. Espero-me na leve presença que me fará dançar de tal maneira até não existir espaço para vazios.
Juliana Bumbeer
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